A localidade de Ka Tembe foi palco, no dia 26 de fevereiro, da formação sobre estratégias de litigância em casos de corrupção, promovida pelo Centro de Integridade Pública (CIP), em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e com financiamento da União Europeia.
O evento reuniu jornalistas e ativistas de várias províncias, capacitando-os sobre técnicas de investigação, monitoria de processos judiciais e formas eficazes de reportar a corrupção. Para os participantes, esta formação representa uma ferramenta essencial no fortalecimento da luta contra a corrupção e no aprimoramento da transparência no sector da justiça.
Desafios Na Aplicação Do Conhecimento
Os formandos destacaram a relevância do conteúdo abordado, mas também demonstraram preocupação com os desafios que ainda enfrentam no terreno. “Aprendemos sobre as diferentes fases da investigação e como monitorar processos de corrupção, mas o acesso à informação continua a ser um grande obstáculo,” afirmou Laurinda Macanda, uma das jornalistas participantes.
A Visão Dos Formadores: Desafios E Recomendações
Os formadores, Dra. Zanele Chilundo e Dr. Lázaro Mabunda, destacaram que a capacitação não se limita apenas ao ensino de técnicas, mas também à reflexão sobre o papel dos jornalistas e da sociedade civil no combate à corrupção.
“O segredo de justiça não deve ser usado como barreira para impedir a fiscalização dos processos. A transparência deve ser garantida dentro dos limites legais,” explicou a Dra. Zanele Chilundo, reforçando a necessidade de um maior diálogo entre a imprensa e o sector da justiça.
O Dr. Lázaro Mabunda enfatizou a necessidade de persistência: “É fundamental que os jornalistas e ativistas utilizem os conhecimentos adquiridos e não desistam diante das dificuldades.”
Impacto E Próximos Passos
A formação continua nos próximos meses em outras províncias, visando expandir essa capacitação para mais profissionais. A expectativa é que os formandos apliquem o conhecimento adquirido para acompanhar processos judiciais, denunciar irregularidades e reforçar o debate público sobre a corrupção.
Com esse programa, o CIP e seus parceiros reafirmam o compromisso com a transparência, a justiça e o fortalecimento das instituições democráticas em Moçambique.